Você acredita que uma taça de vinho à noite te ajuda a relaxar e dormir melhor?
Pense de novo!
Antes de mais nada, eu adoro tomar um bom vinho ou um drink, ocasionalmente. A questão aqui é fazer o uso equivocado do álcool, com o objetivo de adormecer mais facilmente e dormir mais profundamente quando, na verdade, ele tem 2 efeitos:
1️⃣ Quando dormimos sob o efeito do álcool, temos um sono fragmentado. Passamos por breves despertares ao longo da noite (não lembrados no dia seguinte), que nos impedem de ter um sono contínuo e restaurador.
2️⃣ O álcool reprime o sono REM (rapid eye moviment), o sono onírico, que tem entre suas funções ajudar na integração e associação de memória para assimilar conhecimento.
Logo, um estudante ou uma pessoa que faça uso constante do álcool pode ter o seu processo de aprendizado prejudicado.
Isso acontece porque o álcool pertence à classe de drogas sedativas. Afeta primeiro a região do lobo frontal, que controla nossos impulsos e restringe nosso comportamento, nos deixando mais “soltos”.
Depois afetas as outras partes do cérebro, como o córtex pré-frontal, nos deixando mais entorpecidos e sem energia. Com isso, ao adormecer, entramos em estado de sedação, não de sono natural.
Assim como o café, há uma diferença entre as pessoas na metabolização do etanol. Contudo, mesmo que você tenha enzimas de ação rápida, seu fígado e seus rins levarão algumas horas para degradar e excretar o álcool consumido.
Logo, o melhor conselho é não beber todas as noites, a fim de não prejudicar o seu sono, mesmo que seja apenas uma tacinha de vinho.
Fonte: Walker, Matthew.
Por que nós dormimos: A nova ciência do sono e do sonho. Intrínseca. Edição do Kindle.